quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Reflexão

Eu nunca esqueci o tempo em que me agarrei a ti ou daquilo que passei para, um dia, aqui chegar. Não sei ao certo quantos beijos selámos ou quantas promessas fizemos. Contudo, em cada momento amadureci e com isso mudei. Continuamente nos envolvemos em mundos mudos sem tempos verbais, provas ou declives. Nunca questionei nem criei ilusões, apenas deixei-me ir. De tanto viver, emergiu e sobreviveu apenas a dor. Chama-se saudade, mágoa, desilusão.
Vivo em circulos fechados sem um ponto de partida ou uma linha do fim. E tu ? Saíste para além da razão, mas não entendeste nada do coração. O que quiseste foi segurar emoções sem olhar a meios ou sentimentos.
E hoje ? Não sou capaz de julgar o que senti por ti, por nós. Por isso, leio-me como páginas rasgadas e pergunto " Fui eu ? ". No fundo, não sei bem, ainda me estou a conhecer a mim própria; só sei que nada do que fiz foi por acaso e o destino é que sabe porque assim o escreveu.

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