Porta fechada. As janelas abertas convidam a brisa a entrar e com ela levar o aroma quente que habita o meu quarto, o perfume que contamina os objectos, as peças que um dia me pertenceram e que hoje não lhes dou qualquer valor. São meros esqueletos esquecidos no tempo que um dia apareceram à deriva e eu os agarrei na esperança de guardar neles um pouco do tempo perdido, os momentos que achei inesquecíveis, sentimentos que prometi sentir incansavelmente num tempo que julguei eterno.
Olho as estrelas e julgo-as rosas, leves e bonitas como a juventude que teima em desaparecer nos meus olhos carregados de vida desgastada, negra e marcada. O céu negro abraça-me e eu sinto o universo dentro de mim – por momentos não me sinto só, sou mais do que mundo, oceano ou tempo, sou o infinito. Perco-me, desapareço e deixo de existir. Por segundos julgo estar num sítio sem morada ou esperança, apenas vazio, o nada a ser a coisa mais importante, o vácuo a superar o tudo, o completo, o silêncio a ser a resposta de todas as minhas questões. No entanto, permaneço, as coisas são iguais, nada mudou mas ao mesmo tempo não sei onde estou. O papel de parede: as flores beijando o tecto na esperança de um dia poderem alcançar o céu, as estrelas que iluminam as suas feições e lhes dizem palavras, frases conjugadas que no final pouco expressam. É a atmosfera, o sabor a tabaco misturado com mentol que lhes aquece o coração cansado.
O parágrafo encerra o toque do piano que sobrevive esquecido no canto que contempla o espaço morto pelo tempo - sombrio. A música não existe e eu por escassos momentos sinto-me muda -Hoje sei que não sou eu.
Olho as estrelas e julgo-as rosas, leves e bonitas como a juventude que teima em desaparecer nos meus olhos carregados de vida desgastada, negra e marcada. O céu negro abraça-me e eu sinto o universo dentro de mim – por momentos não me sinto só, sou mais do que mundo, oceano ou tempo, sou o infinito. Perco-me, desapareço e deixo de existir. Por segundos julgo estar num sítio sem morada ou esperança, apenas vazio, o nada a ser a coisa mais importante, o vácuo a superar o tudo, o completo, o silêncio a ser a resposta de todas as minhas questões. No entanto, permaneço, as coisas são iguais, nada mudou mas ao mesmo tempo não sei onde estou. O papel de parede: as flores beijando o tecto na esperança de um dia poderem alcançar o céu, as estrelas que iluminam as suas feições e lhes dizem palavras, frases conjugadas que no final pouco expressam. É a atmosfera, o sabor a tabaco misturado com mentol que lhes aquece o coração cansado.
O parágrafo encerra o toque do piano que sobrevive esquecido no canto que contempla o espaço morto pelo tempo - sombrio. A música não existe e eu por escassos momentos sinto-me muda -H

Nao consigo descrever o sentimento que transmitiste com esse longo e extenso caminho de palavras. Doce palavras, doce melodia. Soubeste conjugar, soubeste escrever , por letras no branco no imenso escuro que te atormenta. Parabéns, tens um dom magnifico.
ResponderEliminarescreves como ninguém miuda , sabes que estou sempre aqui , sempre deste lado e vou apoiar-te sempre em tudo , te amo <3
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