domingo, 4 de dezembro de 2011

mas se...

"Mas se eu tivesse ficado, teria sido diferente ? Melhor interromper o processo a meio: quando se conhece o fim, quando se sabe que doerá muito mais, porquê ir em frente ? Não há sentido: melhor escapar deixando uma lembrança qualquer, um lenço esquecido numa gaveta, uma camisa jogada na cadeira, uma fotografia, qualquer coisa que depois de muito tempo a gente possa olhar e sorrir, mesmo sem saber porquê. Melhor do que não sobrar nada, e que esse nada seja áspero como um tempo perdido. Eu prefiro viver a ilusão do quase, quando estou “quase” certa que desistindo naquele momento vou levar comigo uma coisa bonita. Quando eu “quase” tenho certeza que insistir naquilo vai me fazer sofrer, que insistir em algo ou alguém pode não terminar da melhor maneira, que pode não ser do jeito que eu queria que fosse, eu jogo tudo para o alto, sem arrependimentos futuros! Eu prefiro viver com a incerteza de poder ter dado certo do que com a certeza de ter acabado em dor. Talvez medo, eu diria covardia, loucura quem sabe! "

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