Olha para o meu corpo, percorrendo-o. Atenta nas minhas mãos, analisa-as. Consegues sentir o toque da minha pele ? Ainda há tanto para perceber (...), tanta dor lhe causaste. Os teus sussurros, as tuas promessas superficiais , onde se guardaram ? Parece que se evaporaram com o vento salgado. Quem diria , não é ? Elas que te assentavam tão bem, que faziam de ti um ser intocável, angelical, tão puro (...) e eu ? Alma viva submissa a ti. Como o conseguias tão bem ? Não quero palavras agora. Parece que há coisas inacreditáveis, efeitos inesquecíveis. Mas o doce , também se pode tornar acre, tão azedo que até faz chorar, e o teu veneno fez de ti um ser assim. Agora guarda-o com cuidado, acolhe-o ambiciosamente dentro de ti, ele que te faz viver, ele que te faz ser mestre dos teus pecados carnais. Parece que sem ele não és nada, parece que sem ele nao vales nada porque , afinal de contas, tu és um erro sem cura.
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