segunda-feira, 25 de abril de 2011

 Tinha saudades de ti. Saudades dos nossos momentos (...) da nossa vida nada parecida, do teu sorriso quando falavas algo engraçado, da tua cara de ódio, quando mesmo sem querer eu te irritava. Saudades do nosso amor intenso, único e todo errado (...) Saudades do nosso primeiro beijo e do último também.
(...) Tinha saudades do teu amor intenso, da maneira que tu dizias “eu amo-te” deixando um brilho nos meus olhos. Saudades das tuas mãos nas minhas, a minha boca na tua. (...) Tinha saudades da tua amizade, da tua força e de tua confiança em mim, em nós. Tinha saudades da tua voz, do teu carinho, da tua paixão, do teu desejo, das tuas loucuras, da tua inteligência, do teu talento. Saudades de ti quando estavas comigo. Saudades de mim quando estava contigo.(...)Saudades de ti ...
Mas agora encontravas-te á distancia de pequenos passos, fui pelo corredor fora abro a porta do quarto que outrora seria só meu e agora era nosso... lá estavas tu, com a tua respiração tranquila deitado na cama onde noites sobre noites fui chorando em silencio toda a saudade que por ti sentia. Ajoelhei-me e fiquei a olhar para ti, como era bom sentir-te ali, ver-te ali perante mim na cama que sempre desejei um dia vir a partilhar contigo. Esse dia chegou não me mexi para não te acordar fiquei ali a ver-te dormir.
Uma mão brincava com o meu cabelo, e uma voz de fundo chamava por mim, eras tu (...) tinha acordado e percebi que adormeci a olhar para ti, disseste-me para ir para a junto de ti, (...) deitei-me a teu lado e agarraste-me como nunca o  tinhas feito, sussurras-me as palavras mais perfeitas e que eu mais precisava de ouvir(...) Assumi-mo-nos numa paixão desmedida por breves momentos. Calei-me no tempo e envolvi-me contigo no espaço. Assim, de um nada para um tudo, fui harmonia, fui beijos, fui serenidade, prosa e poesia, fui desejo, loucura, respiração ofegante, fui prazer arrebatador, fui eu e tu, um nós conjugado sem tempos verbais nem rodeado de "porquês"(...)
Acordei com os mais perfeitos raios de sol nos olhos, estávamos exactamente como à horas atrás os nossos dedos entrelaçados, só consegui sorrir, o que por momentos pensei ser um sonho era mesmo verdade, estava no meu refugio contigo meu Leãozinho (...) levantei-me e fui à janela do quarto, é o dia mais bonito dos últimos tempos, vi o brilho que já à muito não via voltei a sorrir, (...) voltei a deitar-me agarrei-me a ti e fiquei a li a apreciar-te (...) e se, da noite para o dia, me vires desaparecer, não chores. Se, aos poucos e poucos, sentires a minha falta, não olhes para trás, não temas o futuro nem mandes embora quem podes ter em tua vida, ao teu lado. Se achares que a casa está vazia, que só encontras o meu cheiro tão vagamente disperso ou apenas vires uma imagem desfocada das linhas do meu corpo, não te sintas triste, são apenas sintomas de saudade, são vestígios da lembrança. Não quero que desenhes lágrimas no teu olhar nem resumas tudo o que vivemos a um aperto no coração. Quero antes que, de vez em quando, sintas os meus lábios a beijar-te tão delicadamente a cara, que vejas a minha mão a tocar na tua, ou que encontres a minha presença durante a noite. Quero que te lembres da noite de 25/Abril/2011. Quero que te lembres que fui parte da tua vida, que te amei com uma vontade arrebatadora e um prazer único de o fazer para sempre. E, quando sentires aquele nó na garganta, lembra-te que a minha ausência é só uma forma para eu não sofrer mas, mesmo assim, eu continuo a olhar por ti e para isso, basta leres o meu nome escrito nas estrelas do nosso céu. Acredita que quando menos esperares, eu apareço nos teus sonhos e assumo um papel de princesa com um final feliz para sempre.

Amo-te Leãozinho

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